O nadador barbarense César Augusto Cielo Filho completa hoje
35 anos. Cielo foi o primeiro e ainda único nadador brasileiro a ser campeão
olímpico, após conquistar o ouro nos 50 metros livre nos Jogos Olímpicos de
2008 em Pequim, e o atleta brasileiro mais medalhado em Campeonatos Mundiais de
qualquer esporte, com 19 medalhas.
Nascido no dia 10 de janeiro de 1987, em Santa Bárbara d’Oeste,
filho do pediatra Cesar Cielo e da professora de educação física Flávia Cielo,
começou no Esporte Clube Barbarense (onde sua mãe dava aulas de natação).
Paralelamente à sua carreira no esporte, Cielo também é
empresário, agendador de outros atletas e administra desde dezembro de 2010 um
restaurante chamado Original da Granja, localizado na cidade de São Paulo, que
lhe garante patrocínios.
Casado com a modelo Kelly Gisch e pai de Thomas, 6 anos, se
mudou para Itajaí, Santa Catarina em 2020. Na cidade Cielo é padrinho do maior
projeto social de natação do país, o Nadar, que possui três unidades em Itajaí
e uma em Navegantes. Nelas, mais de 4 mil crianças de um ano até jovens adultos
já na fase do alto rendimento são atendidos gratuitamente. O Novos Cielos,
idealizado pelo Instituto Cesar Cielo, é responsável pelo lado competitivo do
Nadar que, em 2020, chegou a 5.600 usuários. Trata-se de um dos maiores
projetos aquáticos do mundo. Há, ainda, hidroginástica para a terceira idade e
natação para bebês, duas vezes por semana.
Recentemente em entrevista ao Portal 29 horas, Cielo foi
questionado se está se preparado para uma possível despedida do esporte como
competidor? O atleta disse:
‘‘Não. Já pensei em despedida. Uma das coisas que mais me
apavoram na carreira, parar de nadar 100%. Difícil colocar um ponto final em
algo que se é bem-sucedido na vida. Se dependesse da minha vontade, eu
anunciaria a minha despedida escrevendo e assinando uma carta aqui de casa, sem
evento nenhum. Mas também me pego pensando em algo maior nesse momento como
forma de agradecer todo mundo que me ajudou nessa caminhada. Quero que os meus
pais, pelo esforço que tiveram principalmente no começo, celebrem o que
fizeram. O mesmo penso em relação a todos os meus treinadores, porque não é
comum mencionarem os caras, a pessoa que me ensinou a nadar, no meu caso, o
Reinaldo, de Piracicaba. Seria, então, um esforço coletivo para dar crédito às
pessoas que me prepararam para essa super carreira. Por elas, porém, eu faria
esse esforço.