A top model Caroline Francischini, de 34 anos, que foi diagnosticada com câncer no útero e passou por uma cirurgia no último dia 11 de janeiro, na Pro Matre, em São Paulo, está na Bahia para o casório de uma amiga e vai aproveitar a viagem para agradecer e prestar homenagens a orixá Iemanjá, nesta sexta-feira (2).
Uma das festas populares mais tradicionais de Bahia, a Festa de Iemanjá, no 2 de fevereiro, é realizada hoje, em Salvador. Todo ano, baianos e turistas lotam o bairro do Rio Vermelho, onde são realizados os festejos à Rainha do Mar
"Vou casar uma amiga na Bahia e aproveitar para agradecer a Iemanjá. Estou bem, me sentindo com muito mais energia, com certeza. Voltei ao trabalho essa semana e tenho retorno à médica para uma nova biópsia na semana que vem. Estou tranquila, tomei remédios e agora acabou. Agora tenho que esperar até a próxima consulta", explicou a modelo a Quem.
Segundo a modelo, a médica a informou que ela teve uma lesão em todos os quadrantes do colo do útero, mas as margens estavam livres. Caroline explicou que teve uma lesão in situ, ou seja, uma lesão avançada no colo uterino, que ainda não deu metástases, isto é, não se manifesta à distância.
Caroline -- que já desfilou para as marcas Max Mara, Fendi e Celine -- é mãe de Valentina, de 11 anos. A top anunciou a gravidez em 2012, durante a edição de verão 2013 do extinto Fashion Rio. À época, a modelo preferiu não revelar o nome do pai da criança. Bruno Gagliasso, por exemplo, teve seu nome ventilado, mas a informação foi negada. "Ela sabe quem é seu pai", disse a top certa vez.
Câncer de colo uterino
O câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. A maior parte dessas infecções se curam sozinhas, mas em alguns casos podem se tornar crônicas e lesões pré-cancerosas que se não diagnosticadas a tempo têm risco de evoluir para um câncer invasivo.
Segundo o Instituto Vencer o Câncer, o tumor uterino tem início como uma lesão pré-maligna, chamada neoplasia intraepitelial cervical, sendo lesões causadas pelo HPV. De acordo com o grau de comprometimento, são classificadas em graus 1, 2 e 3 (em ordem crescente de agressividade).
O último estágio das lesões pré-malignas é a neoplasia intraepitelial cervical grau 3, previamente também chamada de carcinoma in situ. Nessa fase, as células malignas atingiram pelo menos dois terços da espessura do epitélio cervical, porém ainda não têm a capacidade de invadir os tecidos e causar metástases, por estarem limitadas por uma barreira natural do órgão, chamada membrana basal.
Quando o tumor consegue ultrapassar a membrana basal, pode invadir progressivamente os tecidos vizinhos. Inicialmente as células malignas irão se infiltrar superficialmente em direção à vagina e profundamente em direção às lâminas de tecido conjuntivo que mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os paramétrios.
A partir daí, as células tumorais podem invadir órgãos vizinhos, como bexiga, ureteres, reto, cavidade pélvica, os linfonodos da região e penetrar os vasos linfáticos e sanguíneos para ter acesso a órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos. Os principais tratamentos para o câncer de colo de útero são quimioterapia e radioterapia, além da cirurgia.